quarta-feira, 13 de julho de 2011

Destino dos povos indígenas que habitavam a região onde atualmente se denomina município de Brumado-BA, mais especificamente, no espaço que abrange a área urbana ou sede desta cidade.


Artista plástico Enilson Meira retrata a batalha entre indios e um grupo de aventureiros à região onde se situa o município de Brumado em fins do século XVIII.




O estudo dos povos indígenas que habitavam esta região na época da “sua conquista” pelos portugueses no século XVIII, E da cultura indígena a ser estudo em escola do municipais e estaduais , relacionadas a história local com os processos de escolarização e a articulação entre metodologias buscando despertar uma reflexão do ensino de História local que segundo Jörn Rüssen (2001) caracteriza-se “pela percepção das experiências do passado dos seres humanos, investigado por historiadores ou por professores de história e seus alunos, e realiza-se por interpretações feitas no presente à luz de uma expectativa de futuro”.
Há relatos de que a expedição comandada por este tenha travado batalhas com índios que habitavam a região, Território originalmente habitado por indígenas da linhagem jê (Tupinães e Pataxós) que foram decimados . Os povos indígenas que viviam em nossas terras antes da chegada dos portugueses não dividiam o nosso município. Isso ocorreu com a chegada do Capitão Francisco de Souza Meira e um grupo de aventureiros à região onde se situa o município de Brumado em fins do século XVIII. Assim, segundo relatos calcula-se que partindo em 1813, os aventureiros atravessaram o Rio Brumado, vindos da Serra das Almas margeando para a encosta direita até atingirem a foz do Rio do Antônio. Daquele ponto do vale do mesmo rio, localizava “uma aldeia de índios ferozes, aos quais ofereceram sério combate” perto do local onde se encontra situado a atual cidade de Brumado. Contudo, sabe-se que muitos aventureiros portugueses desbravaram os Sertões em busca de ouro ou pedras preciosas. Desta forma, esses desbravadores partiam para ‘suas aventuras’ muito bem preparados, principalmente no que se refere à segurança pessoal ou do grupo uma vez que, segundo as notícias dos grupos antecessores, o Sertão oferecia muitos perigos, pois as matas eram “fechadas”, havia animais ferozes, serpentes venenosas, tribos indígenas, entre outros. Assim, munidos de armas de fogo, munição, facas, facões, etc. eles partiam em busca de riquezas. Neste contexto, poderia uma aldeia de índios mesmo ferozes oferecerem sério combate em relação aos homens armados com pistolas, espingardas, ou outra arma de fogo bem mais potentes e com maiores poderes de destruição, Embora se fossem dispersando à aproximação dos visitantes, costumavam entretanto atacá-los. os nativos foram dizimados à margem do Rio do Antônio, e, depois deste episódio, um povoado foi formado no local. Por iniciativa de um antigo habitante da povoação, Antônio Pinheiro Pinto foi construída a capela do Bom Jesus, o primeiro vigário foi o padre José Mariana Meira Rocha; ao redor da capela foram sendo construídas casas que deram origem a atual cidade. O povoado de Bom Jesus dos Meiras pertencia a Vila de Rio de Contas, mas com a criação da vila de Caetité em 1810 o mesmo mudou de domínio. Tornou-se distrito em 1869 através da lei nº 1.091 de 9 de Junho, assinada pelo vice-presidente da província da Bahia Antônio Ledeslau Rocha. Em 1877, por lei provincial nº 1.756 de autoria do deputado Marcolino Moura, ocorreu o desmembramento de Caetité e elevação à categoria de vila, o líder político da emancipação política foi o coronel Exupério Pinheiro Canguçu.

FONTE: Biblioteca Municipal 

A conquista do sertão da ressaca
Maria Aparecida Silva de Sousa
Povoamento e posse da terra no interior da Bahia
A conquista do sertão da Bahia no século XVIII
RÜSEN, Jörn. Razão Histórica. Brasília: Ed. UnB, 2001
http://www.enilsonmeira.com.br/

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